MADE ITALY: UMA SÉRIE DE HISTÓRIAS PARA CONTAR

Passadas as Fashions weeks e setembro, o mês da moda, um dos períodos mais importantes do mundo do mundo para o setor, nós resolvemos começar aqui na Indie uma série que contará um pouco da trajetória da moda italiana, a importância da cidade de Milão e a história de algumas marcas importantes historicamente e algumas ainda presentes no calendário da semana de moda milanesa.

Versace, Prada, Armani (definida por mim, como a instituição da moda italiana), Ferrè, Marni, entre outros são alguns nomes emblemáticos, mas o que estaria por detrás desses nomes atualmente tão famosos e alguns desejo do nosso consumo? A história da moda italiana é recente, não é como a francesa, uma instituição centenária e tradicional que deu origem àquilo que conhecemos como moda. A Itália é uma história de paixão, aventura, criatividade, sonho e artesanalidade.

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Milão não foi a primeira capital da moda, e nem sempre a Itália foi conhecida como referência na moda mundial. A Itália fascista cria em 1932 o ente moda na cidade de Torino, uma instituição que tentaria criar uma identidade nacional. Em 1933 foi feita a primeira mostra de moda nacional e até então, a moda italiana teria sido uma espécie de copia e cola das casas francesas com raríssimas exceções. Para fazer parte do ente, era necessário um selo de autenticação de origem italiana e não eram mais permitidos francesismos nos nomes das roupas, por exemplo, tailleur se transformaria em completo. Nesse interim casas famosas como Gucci, Salvatore Ferragamo e Fendi já existiam e claro o arquiteto da moda, o romano Roberto Capucci.

O grande estopim aquilo que entendemos e conhecemos como moda italiana veio nos anos 50, no pós-guerra, em Florença e sua sala Branca dentro do Palazzo Pitti, onde foi realizada a segunda temporada de desfiles da empreitada de Giovanni Battista Giorgini. Foi dali que surgiram nomes como Emilio Pucci, Valentino, Missoni, por exemplo. A primeira edição foi uma frenesi e estarreceu a imprensa americana. O jornal La stampa chegou a publicar depois do primeiro desfile realizado a frenesi causada pelos os modelos romanos e milaneses apresentados.

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E como tudo isso chega a Milão? O primeiro estilista a desfilar em Milão foi Walter Albini conhecido como o pai do prêt-à-porter italiano. Trabalhou para nomes como Krizia e Karl Lagerfeld, desfilou nos anos 70 em Florença e depois do estrondoso sucesso decide desfilar em Milão, sendo o pioneiro e depois outros nomes o seguiram como Krizia e Missoni. Seu debuto milanês foi no Circolo del Giardino e assim começa uma linda história para cidade que perdura até os dias atuais.

A partir desse breve resumo do resumo do resumo da moda italiana, vamos partir para as marcas que per se, contam um pouco do nascimento de uma cultura e de uma identidade de moda ligada ao artesanato, a matéria prima e a grande sacada de unir tudo isso para produção industrial em larga escala de roupas de qualidade, conhecidas hoje como prêt-à-porter de luxo, made in Italy e onde 75% dos artigos de luxo do mundo são produzidos. É só virar a etiqueta de artigos de luxo e em uma maioria estará escrito Made in Italy. Benvenuti a uma história fantástica!

Camila Leonelli é relações públicas, fotógrafa e jornalista de moda. Trabalhando como PR internacional, cuida da comunicação de marcas importantes dentro do mercado italiano e também já atuou para em grandes agências e marcas em São Paulo. Foi correspondente e fotógrafa de street style para o site Ana Garmendia. Vive há oito anos na Itália com passagem por Roma e agora Milão. Na área de Moda, possui duas pós-graduações: uma pelo Istituto Europeo di Design em Roma, outra na Universidade Santa Marcelina em São Paulo. É especialista pela Saint Martins em Cool Hunting.

BRECHÓ NÃO É CIRCULAR!

EITA, COMO ASSIM? O SEU MUNDO CAIU?! O meu também caiu quando descobri, e faz pouco tempo que essa informação chegou por aqui de forma

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